Coisas de Santo
Aspectos do Candomblé da Bahia
Yewá

A senhora das possibilidades
Yewá é uma aiabá, um orixá feminino de comportamento reservado e um pouco arisco. Senhora de tudo o que é belo, detentora da transformação, da vidência, do mimetismo e da invisibilidade. Ela é a senhora das brumas e dos nevoeiros que podem ser apreciados em constante transformação, uma expressão de sua própria personalidade.
Ewá é a grande tradutora que possibilita o aprendizado de outros idiomas, sendo esse um atributo de seus filhos que geralmente tem facilidade nessa área. Todas as formas de linguagem são domínio desse orixá, assim como os sonhos e tudo relativo ao mundo onírico.
A saudação de Yewá é Hirró, que pode ser entendido como doçura, maciez e brandura.
Difícil de ser olhada nos búzios, usufrui de grande mimetismo vindo a se apresentar por vezes como Oyá, como Osun e algumas vezes como Yemanjá. É necessário grande perícia por parte do olhador, pois não é a todo mundo nem toda hora que ela se mostra.
Seu culto é de grande refinamento e detalhe, sendo casas como o "Ilê Iya Omin Axé YAmassê " e a Casa de Oxumarê fontes profundas de seus fundamentos.
A própria Mãe Menininha era de Oxum e Yiewá e tinha grande apreço e paixão por esse orixá.
Na Casa de Oxumarê mãe cotinha de Yewá foi uma das mais conhecidas e respeitadas Elewás da Bahia. Pai Urbano que era ogã da Yewá de Mãe Cotinha era um dos que cantavam como poucos para essa Aiabá, assim como o Elemaxó dessa mesma casa Ogã Ereniltom que também era mestre em cantar para Yá Lewá.
Sendo Yewá a senhora de toda a vidência, não é de se estranhar que o Grande Oluwo Professor Agenor Miranda da Rocha fosse seu filho, ele era de Oxalá e Yewá.
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